sexta-feira, 11 de abril de 2014

Sabem aqueles momentos em que nos sentimos pequeninas pequeninas?

Que sentimos que não somos ninguém no mundo? Que afinal olhamos para nós e pensamos que afinal os nossos problemas são apenas pequenos devaneios e não problemas reais? Que pensamos que podemos salvar o mundo, mas na realidade ás vezes nem o mundo da pessoa que está aqui ao lado conseguimos mudar? E este rol continua... Isto tudo para dizer que é assim que me sinto, uma vez confrontada com uma realidade que julgava apenas de notícias dramáticas do jornal das 20h.
Infelizmente não é só na televisão que estas coisas acontecem, estão aqui ao nosso lado, nas pessoas com quem nos cruzamos diáriamente, e aquele sorriso que muitas vezes nos transmitem não é mais que um disfarce para conseguirem por vezes sair de casa.
Ter-me confrontado e falado directamente com pessoas (muitas das quais idosas) com falta de saúde fez-me abrir os olhos. E quando digo pessoas com falta de saúde não falo de cancros e afins, porque essas já todos sabemos do que se trata, falo de diabetes! Diabetes essa doença que passa despercebida a toda a gente e que muito poucos dão a respectiva atenção... afecta muitas mais pessoas e tira-lhes a qualidade de vida lentamente e que muito pouco cuidados recebe de nós todos para a podermos evitar, sim porque esta na maior parte das vezes pode ser evitada.
E se sempre trabalhei em investigação ligada a esta patologia... mas só ontem tive a possibilidade de estar em contacto directo com estas pessoas, contacto esse que me fez pensar porque raio é que não consigo ajudar mais rapidamente esta gente? 
Depois pior que a doença é ver a solidão das pessoas, muitas das quais já idosas e que assim que alguém fala com elas parecem que renascem por aqueles 5min de atenção, e são nesses 5min que acabam por desabafar todos os problemas que trazem dentro delas, a nós, desconhecidos, mas que somos nós que lhes concedemos 5min de atenção!
É isto envelhecer? Se assim é para quê tantos anos de esforço em estudos para aumentar o tempo de vida destas pessoas se depois as descartamos e pomos de parte? Não consigo perceber!!!

quinta-feira, 10 de abril de 2014

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Já não tenho paciência

Percebo que estou a ficar velha quando:
 - os limites da paciência para adolescentes pré-adultos estão próximos da tolerância zero;
 - nem sequer tenho limite para adultos que nunca saíram da adolescência;
 - ponho a minha cara de "cabra" (desculpem o termo) quando estou perante pessoas destas

terça-feira, 8 de abril de 2014

Em 4, 3, 2, 1...

Desce, desce, desce, desce,
Sobe, sobe, sobe, sobe

3:1

3, 2, 1 e sobe...

Pronto hoje é isto... estou limitada a contar até 4!
Isto de aprender a dar aulas de fitness é uma coisa muito gira.... mas ao mesmo tempo parece que o cerebro atrofia (emburrecemos) a contar!


ps: embora atrofiada mas feliz... é disto que eu gosto minha gente!

domingo, 6 de abril de 2014

Vale a pena ver e pensar...



Porque infelizmente é preciso sermos confrontados com doenças que nos põem em risco de vida para darmos valor ao que é viver! Ao que nos faz feliz e ás pessoas que nos rodeiam! 
Assusta-me esta ideia de fragilidade!

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Boston to New York with neurons :)


Para quem quiser perceber como é que o exercício contribui para o bom funcionamento do nosso cérebro e para uma memória de elefante (sem recorrer ao memofante), aqui está uma explicação bastante engraçada!






um dia com 72h e um boost de energia, sff!

Há cerca de um ano atrás quando fiz as malas e rumei ao outro lado do Atlântico andava com um ritmo de vida completamente alucinado. Andava a 1000/h e andava bem e feliz, metia-me em tudo... era trabalho, eram as aulas na faculdade (mais os treinos para as avaliações fora de horas), era jantares, era sair com amigos... basicamente não tinha 5 min de descanso, apenas as horas (poucas) que dormia. Nessa altura andava feliz e contente e parecia que aguentava com o mundo ás costas. Mas isto sempre foi um bocadinho a minha vida sempre metida em vários projectos os mesmo tempo. 

Depois quando cheguei a Boston a vida acelerada que levava não desacelerou, mas parou completamente! E hoje olhando para trás posso dizer que foi o que mais me custou no processo de adaptação, o passar a ter tempo livre... pela primeira vez na minha vida tinha apenas uma ocupação que era trabalhar. Chegava a casa e não sabia o que fazer a tanto tempo livre, sim porque com 5h de diferença horária não podia chegar a casa e por-me a ligar para toda a gente para falar e matar saudades. 
Com o tempo habituei-me a ter tempo livre e a saber como ocupá-lo com actividades para mim, posso dizer que aprendi a estar sozinha e a não me chatear da minha companhia. Passava horas a ver séries e filmes... pus tudo em dia!Passava horas a ler, e outras tanta apenas a organizar os pensamentos que há muito tempo andavam desorganizados.

Agora que voltei a Lisboa e deixei de ter todo o tempo do mundo para mim, voltei a ter trabalho e aulas e tudo o resto que já falei atrás e a não ter tempo para descansar e para pensar, os fins de semana passam que nem dou por eles ora vou para Abrantes ora para Coimbra oram vem Abrantes e Coimbra até mim! E agora é este ritmo que me está a custar a voltar a adaptar. Não me lembro como conseguia encaixar tudo num dia com 24h, não me lembro onde ia buscar tanta energia....
Vou dormir estoirada e acordo ainda mais cansada... preciso de uma grua para me tirar da cama a maior parte das vezes.

Quero voltar a ter energia... mas ou é da idade (os 30 não perdoam) ou é mesmo o virus preguicite aguda que veio para ficar!
HELP!!!